Apresentação
Não é difícil de observar que, de 50 anos para cá, houve um grande aumento do interesse pelo que diz respeito à literatura japonesa. Com o ocidente descobrindo essa faceta do Japão, destaca-se como pontos altos: as premiações de Yasunari Kawabata (1899-1972) e Kenzaburo Oe (1935-), premiados em 1968 e 1994 respectivamente. O curioso é que Yukio Mishima já havia concorrido ao Nobel 2 vezes quando perdeu pela terceira justamente para seu amigo e mentor, Kawabata.
Desde sua popularização internacional, houve dúvidas partindo dos próprios japoneses se o ocidente seria capaz de entender a literatura do Japão. Não é de se estranhar a preocupação, se nos lembrarmos que a literatura nipônica se origina com a aquisição da escrita no intercâmbio cultural com a China, o que gerou obras cujos conteúdo, estilo e forma foram baseados de acordo com o país de origem. O Man’youshuu (“Míriades de Folhas”), a mais antiga antologia poética japonesa, e o Kojiki (“Registro de temas antigos”) possuem poemas e narrações que ora estão escritos em caracteres ordenados pelo significado (o que se assemelharia ao chinês da época), ora pelo seu som (o que se assemelharia ao japonês da época, usando os caracteres como adaptação fonética). Somando-se a sua origem seu isolamento geográfico por ser um arquipélago e ao seu isolamento político com outros países, cria-se um ambiente cujas características bem diferentes das quais o ocidente se acostumou a conhecer.
Mas o que seria necessário para entender a literatura japonesa? Existem conceitos básicos que nos permitem compreender e apreciar a arte literária de uma cultura tão distante da nossa? Partindo desses questionamentos, procuro apresentar neste artigo as concepções básicas estéticas da literatura japonesa, como também, se possível, suas origens. Ao final desse trabalho, será analisada, através dessas perspectivas, a obra Mil Tsurus (“Senbazuru”1949-1952) para que se possa mostrar de maneira superficial a presença desses elementos tão presentes desde a formação da literatura japonesa. O critério para a seleção desta obra reside na representatividade de Kawabata frente à literatura internacional e na acessibilidade a obra do autor em língua portuguesa. Embora não seja esta a maior obra do autor, que seria O País das Neves (“Yukiguni”), ela apresenta elementos que permitem demonstrar as concepções estéticas pretendidas aqui como também suas origens.
Infelizmente, é muito escasso o material que trate de teorias literárias acerca deste assunto em nosso idioma. Como livro para consumo, foi encontrado Shimon (2000) que discorre a cerca de uma característica muito peculiar da literatura de Kawabata, os “contos que cabem na palma da mão” (Tanagokoro no shousetsu), que, no entanto, não deixa de discorrer sobre essas concepções estéticas tradicionais para então abordar as obras de Kawabata. Esta será a obra base para esse artigo.
Os demais foram adquiridos pela internet e serão apresentados conforme puderem acrescentar à compreensão do leitor.
Concepções estéticas tradicionais do Japão
A partir de agora, estarei apresentando as concepções estéticas tradicionais que são, segundo pesquisa de Shimon (2000, p. 44), os mais representativos para que se possa compreender a visão estética nas artes japonesas e sua literatura. Também, segundo artigo de Park (2006), veremos algumas influências do Budismo e Xintoísmo no desenvolvimento de alguns desses conceitos e um pouco do caráter filosófico deles.
A primeira concepção estética a ser apresentada, e a mais antiga delas, é makoto1 e 2. Conceito fundamental nas eras Asuka (529-710) e Nara (710-784), é entendido atualmente como “verdade (oposto da mentira), sinceridade e realidade” (Shimon 2000, p.44). Esse conceito consiste que beleza deverá ser expressa de maneira simples e direta, sem artifícios: a alma humana (kokoro) será mostrada exatamente na sua forma real, sem rodeios. Ao makoto associam-se três idéias: clareza- racionalidade da mente; candura- pureza dos sentimentos; e retidão- vontade ou desejo demonstrados de forma direta. Como maiores exemplos na literatura japonesa, encontra-se makoto na sua realização máxima nas obras Man’youshuu e Kojiki. Observa-se no Man’youshuu poemas dos mais variados temas (políticos, amor, as quatro estações, etc.) escritos por todos os seguimentos da sociedade. Encontrava-se os poemas principalmente na forma de tanka (poesia com padrões silábicos em cada linha de 5-7-5-7-7) e chouka (poemas mais longos com alternância linhas de 5 e 7 sílabas, tendo a última linha com 7) e não havia nenhuma concepção artística ou literária pré-definida (Ikeda 1979).
No século VIII, na corte de Nara, com o desenvolvimento da aristocracia, surge o conceito miyabi que corresponde à expressividade dos sentimentos, profundos ou banais, através da beleza dos elementos da natureza (ka-chou-fuu-getsu, respectivamente flor-pássaro-vento-lua). Sua acepção é associada ao “’refinamento’ e ‘elegância’ próprios da grande cidade, do mundo aristocrático” (Shimon 2000, p.45). Sua maior realização se encontra na obra Genji Monogatari, de Murasaki Shikibu (973?-1014?), que narra a vida do príncipe Genji, seus amores e aventuras cujo o palco são as quatro estações vividas principalmente na corte.
A concepção seguinte é okashi (をかし) que se apresenta com maior representatividade na era Heian (794-1112) (Cordaro 2006, p.131), associa-se à “sensação ou emoção de alegria e de leveza, à surpresa de descobrir a beleza captada num momento apropriado” (Shimon 2000, p. 45). É uma expressão racional e objetiva, que opõe se a mono no aware, percepção passiva relacionada a sentimentos de melancolia e tristeza (Cordaro 2006, p.134). Mais tarde (eras Kamakura, 1192-1333, e Muromachi, 1333-1573), okashi passou a ter significado de engraçado ou cômico.
De makoto, originou-se três concepções estéticas: mono no aware, yuugen, wabi e sabi.
Mono no aware (物の哀れ) é “o estado emotivo (aware) frente à transformação do objeto ou ente (mono) no fluir do tempo” (Shimon 2000). Significa uma sensibilidade subjetiva frente às nuances da transformação das coisas, de sua fragilidade, uma beleza melancólica da impermanência (Park 2006, p.4). Relaciona-se a um sentimento de pathos – piedade. Ele encontra sua maior realização em Genji Monogatari e tem sua maior expressão na era Heian.
Park afirma (2006, p.4) que mono no aware se origina na prática do Xintoísmo, que possui uma sensibilidade para as coisas naturais do mundo. Mono no aware seria ter uma alma sensível e aberta para captar a energia da natureza ao seu redor.
Yuugen (幽玄) se desenvolveu na corte da era Nara. Seus dois caracteres correspondem respectivamente à indistinção, opacidade e à escuridão, negritude (Park 2006, p.9). Para Shimon (2006, p.46), é uma concepção que valoriza os atrativos de uma beleza esmaecida, sutil e purificada, na qual o presente se acopla ao passado, proporcionando uma emoção remanescente e profunda, que se apresenta mediante simbolismos percebidos apenas pelo espírito acurado.
É um conceito introduzido e desenvolvido no teatro Nô e desenvolvido lá. É percebido pela expressividade sutil dos atores de Nô, cujo a mais leve mudança no rosto, nos gestos, tem um significado profundo.
As concepções seguintes surgiram dentro da cerimônia do chá, o Chanoyu, e de poetas de renga e haicai desenvolvidas do yuugen: wabi (侘び) e sabi (寂び). São conceitos complementares e estão relacionados com austeridade, imperfeição e senso palpável da passagem do tempo (Park 2006, p. 6). Wabi implica em desprendimento, isolamento, eliminação do supérfluo para elevação espiritual. Sabi refere-se ao amadurecimento, a beleza do passar dos anos, beleza sóbria de elegância discreta.
Estes dois conceitos se opõem ao caráter criação e destruição da natureza, prega a solidão como forma de encontrar total forma de existência e sua total religiosidade. Também se opõe a concepção cultura contra natureza, com a prática de uma cultura refinada sendo a forma de expressar um relacionamento essencial com a natureza. Para essa concepção, o que é imperfeito é belo, pois ele é aceito como ele é, não é belo se pensar naquilo que ele deveria ser (Park 2006, p. 7).
Kawabata Yasunari e sua arte
Kawabata Yasunari nasceu em Osaka em 1899. Era filho de um médico apaixonado pela literatura, no entanto sofria de tuberculose, o que acarretou no seu falecimento, quando Kawabata tinha apenas 2 anos de idade. Antes de completar um ano da morte do seu pai, o mesmo mal leva mãe de Kawabata a morrer, fazendo que assim ele se separe de sua irmã mais velha para ir morar com seus avós maternos, que também vieram a falecer anos mais tarde, assim como a sua irmã. Essa perda de entes queridos tão próximos durante os anos de formação de Kawabata é considerada pelos estudiosos a razão de inúmeras marcas psíquicas no autor como também em suas obras. Um exemplo é a chamada “adoração à virgem eterna” (Shimon 2000, p.54): uma mulher pura, que desperta o amor devoto e que jamais deve ser alcançado, com risco de macular essa pureza.
Desde cedo, Kawabata é fascinado por literatura japonesa, especialmente a clássica. Também demonstra uma grande capacidade produtiva, sempre enviando contos para revistas e jornais. Mesmo sendo recusado muitas vezes, tem muitos contos publicados.
Mais tarde, conhece Kikuchi Kan que, impressionado com a habilidade de Kawabata, o apresenta para os círculos literários. Conheceu Yokomitsu Riichi que veio a ser um grande amigo e chegaram a fundar a Bungei Jidai (Era da Arte Literária), que serviu para propagação dos ideais literários do movimento modernista que haviam fundado: o Shinkankakuha (Grupo Neo-sensorialistas), que se baseava nos movimentos modernistas europeus e procurava explorar novas formas de expressão na literatura.
Durante toda a sua vida produtiva, inúmeros fatores destacam Kawabata Yasunari como um dos maiores escritores japoneses. Primeiramente, ele foi criador de um gênero próprio, o Tanagokoro no Shousetsu, (Contos da Palma da Mão), que consistiam em pequenos contos densos em significados, metáforas sensoriais e mensagens, sutis, mas muito bem estruturados que chegaram a virar moda e causar admiração. Ainda hoje é a área ainda pouco explorada da arte de Kawabata, despertando interesse pela sua variedade e riqueza artística.
Kawabata também é conhecido pelo seu profundo conhecimento na literatura clássica japonesa e suas características. Era um assumido admirador de Genji Monogatari e Makura no Soushiki (“Contos de travesseiro”). Essas inspirações o levaram a encher de lirismo sua expressividade em seus romances, especialmente seus dramas psicológicos como O País das Neves e Mil Tsurus.
Quanto a sua concepção de arte, um artista deveria procurar aquilo que há de verdadeiro, puro e sincero para rearranjá-la e construir algo maior que a beleza mundana (Ueda 1976, p.175). E para ele, quanto melhor a obra, mais carregada de vitalidade da beleza está. Sendo assim, há maior vitalidade quando há um desejo ou anseio por algo que aparenta ser inatingível, pois é quando a vida queima mais pura e mais bela.
Kawabata Yasunari morreu em 16 de abril de 1972, supostamente um suicídio.
As concepções estéticas tradicionais em Mil Tsurus
Com o título original em japonês Senbazuuru (千羽鶴), Mil Tsurus foi publicado entre 1949 e 1951, época em que começava a reconstrução do Japão.
O romance conta a história de Kikuji Mitani, filho do falecido mestre de cerimônia do chá Mitani que teve dois casos amorosos fora do casamento que marcaram a vida de Kikuji. O primeiro foi com Chikako Kurimoto, atualmente uma mestra de chá graças ao contato com o pai de Kikuji. Sua presença na vida de Kikuji é marcada pela mancha que Kurimoto exibe em quase todo o seio. Uma imagem grotesca para Kikuji que, com 10 anos de idade, havia visitado Kurimoto com o pai. Essa imagem o persegue como um veneno que macula a alma. O segundo foi com a senhora Ota, viúva do amigo do mestre Mitani. Esses dois casos voltam a assolar Kikuji quando este é convidado a um miai (encontro com finalidade de casamento) em uma cerimônia de chá de Kurimoto. As duas ex-amantes de seu pai estão lá, mas o que mais lhe chama atenção é a bela jovem com o lenço de tsurus.
Embora seja atribuída de menor valor literário por alguns críticos literários por causa do apelo ao público feminino, Mil Tsurus foi escrito depois de um período escasso de produção de Kawabata. Foi durante a guerra, quando a censura japonesa obrigou a maioria dos escritores a diminuir a produção. Neste período, além de escrever País das Neves, Kawabata mergulha na leitura dos clássicos japoneses onde encontrou identificação
“na alma dos antepassados japoneses, no modo de viver em harmonia com a natureza, reconhecendo as forças superiores que estabelecem uma ordem no curso natural dos acontecimentos” (Shimon 2000, p.60).
Isso era devido à perplexidade com que Kawabata assistia a ocidentalização e o distanciamento do que era belo na cultura japonesa.
Então, Mil Tsurus, que tem como pano de fundo a cerimônia de chá, mostra a purificação através da descoberta da efemeridade da vida frente aos escândalos de relações sórdidas e atitudes falsas.
Kikuji fica face a face pela primeira vez com a viúva Ota desde a morte, cujo o caso com seu pai poderia tornar esse encontro em um atrito embaraçoso. No entanto, surge uma noite de amor entre os dois, onde começa o ritual de purificação em Kikuji. Aquela mulher, que sempre será apresentada com uma aura efêmera ao leitor e logo será associada ao chawan shino, faz com que o jovem se sinta maravilhado por, pela primeira vez, sentir confiante ao se relacionar com uma mulher (okashi).
Aliás, é desde o primeiro momento que se falam, Kikuji percebe uma manifestação intensa de paixão da viúva Ota pelo seu pai direcionada a si. Essa “declaração” tão bela e natural faz com que qualquer ressentimento quase sumir contra a viúva. A alma de Kikuji se comove (mono no aware) e sem perceber acaba envolvido pela viúva. Está é uma parte interessante do romance, pois Kawabata simplesmente pula desse encontro direto para a pousada, logo após a primeira relação do casal. Isso nos faz aceitar, por tamanho envolvimento e compaixão entre os dois, que seguiram um curso natural, sem rodeios (makoto).
Ao final do capitulo 4 do primeiro livro do romance, nós acompanhamos o amanhecer artístico desenhado por Kawabata: o gorjear dos pássaros, o orvalho matinal nas árvores, fazendo com que Kikuji sentisse “como se os recônditos de sua mente também tivessem sido lavados” (miyabi).
Mas Kikuji ainda não está totalmente purificado ainda, e nem a viúva se sente livre dos pecados que cometeu. Após uma visita às escondidas da própria filha, onde fica visível o estado de debilitação em que ela se encontra, a viúva Ota se suicida. Talvez, como Kikuji havia dito para a filha dela, um dia após o funeral, ela “era uma pessoa boa. Tão boa que não suportou viver”.
Há uma imagem interessante na qual Kawabata nos apresenta toda a característica psicológica da viúva Ota. Na foto que está sendo usada para velar a cerimônia fúnebre, ela aparece muito bonita, mas olhando de lado. “Durante o velório, parecia que ele desviava o olhar das pessoas que vinham lhe oferecer incenso”, como observava sua filha, Fumiko, em contrariedade quanto à qualidade da foto. A imagem representaria seu comportamento perante a sociedade. Sempre de olho em sua postura, pois a foto havia sido tirada durante uma cerimônia de chá, ela desvia o olhar daqueles que se aproximam. Seu sentimento de culpa e de desmerecimento sempre a acompanharam (yuugen).
Após a morte da viúva, os sentimentos de Kikuji passam a ser direcionados para a filha, Fumiko. Os dois se aproximam especialmente após Fumiko presentear Kikuji com uma cerâmica de cerimônia de chá, uma das preferidas de sua mãe. O presente, assim como a morte da viúva, os deixa intimamente ligados, de uma maneira muito tênue. Chega a um ponto em que Fumiko deseja, num próximo encontro, presentear Kikuji com outra cerâmica favorita de sua mãe, uma em especial, que a usava como uma xícara qualquer a ponto de aparentar estar manchada de batom.
Mas assim que ela traz a xícara para Kikuji, ela sente que a peça é imprópria para ele, caso ele a comparasse com outras cerâmicas. Então Kikuji lembra-se de repente da peça que seu pai usava em viagens, e Fumiko sugere que os comparem. Quando o fazem, Kikuji sente que toda a culpa, todo o sentimento ruim, parecia haver se dissipado, diante de duas belas cerâmicas de quase 300 anos. Diante delas que para ele carregavam a alma de seu pai e da viúva, tudo parecia insignificante (wabi e sabi).
No final, Fumiko quebra a cerâmica, como se, para Kikuji, quisesse que a última memória de sua mãe fosse mais bonita, mais valiosa que aquela cerâmica. Então, os dois passam uma noite de amor juntos, onde ela cede a Kikuji sua virgindade. Na manhã seguinte, Kikuji se sente livre da sina dos pecados de seu pai com suas amantes. Assim procura Fumiko, mas não a encontra, nem no trabalho, nem no endereço dela. Ele cogita a possibilidade de ela ter se suicidado. Sem ela, Kikuji se encontra perplexo, imaginando que no mundo a única pessoa que lhe sobrara era a venenosa e falsa Kurimoto.
Considerações finais
Ao procurar por elementos estéticos tradicionais na obra Mil Tsurus, alguns problemas surgiram. Primeiramente, foi difícil diferenciar alguns elementos isolados de outros devido à relação inerente de um às vezes englobar o outro. Por exemplo, tudo aquilo que for wabi ou sabi será também yuugen pela evolução histórica dos conceitos, mas não necessariamente o contrário será verdadeiro.
O segundo problema está no rico lirismo do autor. Sem um aprofundamento na sua obra, seu estilo e recursos que utiliza, não se poderia fazer uma análise mais profunda de Mil Tsurus. Por exemplo: ao final do quarto capítulo do primeiro livro, ao acordar após a noite com a viúva, Kikuji observa que ela havia se virado para o lado contrário. Seria isso um sinal de isolamento, uma percepção ou sentimento de que aquilo que ela fez seria errado? (wabi) Ou seria uma maneira de demonstrar como a viúva era muito mais complexa, fazendo que, com esta cena, ela se tornasse mais ambígua e imprevisível? (yuugen?)
Com o tempo, seria interessante voltar a este trabalho com conhecimentos mais maduros e procurar mais elementos que pudessem apresentar as concepções estéticas tradicionais por outros ângulos.
Espera-se que este presente artigo se encontre de utilidade para aqueles que queiram aprofundar a compreensão da literatura japonesa.
Obsevações
1. Para a palavra makoto que correspondem ao significado dentro daquilo que é apresentado aqui, há até 4 kanji correspondentes nos dicionários: 真, 誠, 実e信. Como não foi encontrada fonte que pudesse indicar qual é o kanji que corresponde exatamente ao conceito estético, só foi possível apresentar os ideogramas correspondentes aos outros.
2. Grifo meu.
Bibliografia
Livros
IKEDA, Daisaku. Os clássicos da Literatura Japonesa. Rio de Janeiro: Record. 1979.
KAWABATA, Yasunari. Mil Tsurus. São Paulo: Estação Liberdade. 2006
SHIMON, Meiko. Concepção estética de Kawabata Yasunari em Tanagokoro no Shosetsu: contos que cabem na palma da mão. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS. 2000.
UEDA, Makoto. Modern Japanese Writers and the Nature of Literature. Stanford: Stanford University Press. 1976.
Artigos eletrónicos
ANDO, Tadao. What is wabi-sabi. Disponível em: http://www.nobleharbor.com/tea/chado/WhatIsWabi-Sabi.htm. Acesso em: 7 jan. 2010.
CORDARO, Madalena Natsuko Hashimoto. Sobre a Estética de Okashi na Tradução de O Livro-Travesseiro de Sei Shônagon. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dlo/estudosorientais/N5/download/CORDARO_madalena.pdf. Acesso em: 7 jan. 2010.
PARK, Bradley. Buddhism and Japanese Aesthetics. Disponível em: http://www.exeas.org/resources/buddhism-japanese-aesthetics.html. Acesso em: 7 jan. 2010.
Jorge de Lima
3 comments:
Muito obrigado pela bela e instrutiva narrativa. É uma fonte jorrando informações para os curiosos e amantes da literatura do Japão, principalmente quando se fala do mestre Kawabata. Você conseguiu revestir da mesma beleza que explica no seu escrito. Felicidades.
Convém acrescentar que o título (Mil Grous)remete para o conceito de doença. Tradicionalmente dizia-se que quem conseguisse recortar um origami de mil grous - mesmo moribundo - conseguiria recuperar da doença.
Para completar o seu excelente artigo aconselho um livro excepcional:
The Moon in the Water
Understanding Tanizaki, Kawabata, and Mishima
Gwenn Boardman Petersen
University of Hawai Press
Excelente blog.
parabens, todos os artigos sao de extremo valor para os estudantes da literatura japonesa e em geral.
PARABENS.
abraços
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